Verdades e mentiras foram propaladas contra o mano Edson da Luz, disseram as más línguas que o gigante do índico havia naufragado nas ondas da suruma. Cubaliwa (renascimento) O regresso triunfante de quem sempre esteve aqui… Putos perguntam, porque raios a Renamo de Afonso Dhlakama, insiste em reeditar o caos e agonia da guerra civil? Azagaia, respondeu a essa questão com a destreza e habilidade de sempre, na faixa “Cães de Raça” uma autêntica tese de sociologia sobre a quadratura do círculo da sociedade moçambicana numa abordagem magistral sobre o ABC das assimetrias, imparidades e preconceitos entre às classes sociais moçambicanas. Azagaia, sempre na contracorrente, não se deixou comover pelas operações de cosmética que veem sido empreendidas na igreja católica pelo Papa Francisco, o gajo porreiro e, na faixa “Maçonaria” Azagaia, banalizou o cristianismo de forma incisiva, numa descomunhão notável, um apelo comovente aos nossos manos bantus que insistem em procurar salvadores divinos para resolverem os problemas que a União Africana não resolveu em 50 anos.
“Subir na vida” com Kennedy Ribeiro, uma abordagem mordaz (deveras pertinente) sobre o fenómeno do alpinismo social que tem apoquentado as sociedades modernas. Uma crítica social a geração dos androides que transformaram a bajulação, madoísmo e, o brochismo em elevadores sociais, uma espécie de tic-tac social, onde os indivíduos com magistratura de influência possuem maior posse de bola, cargos e lugares. Um corolário da faixa “Revolução já”, a revelação dos ensinamentos do Jó Cognitivo, África funciona com um sistema operativo programado para o fracasso, a cada nova importação nasce uma nova necessidade. O álbum conta com um leque de convidados muito competentes que agregaram muito valor a obra, Guto, Júlia Duarte, Hélio Bentes, Valete, Dj Cruzfader, MCK, Stewart Sekuma e Dama do Bling. A participação do MCK, lembrou-me a celeuma que se viveu nas redes sociais quando o Christopher Nolan anunciou o Ben Affleck como o próximo Batman. A obsessão do MCK pelo MPLA tem condicionado o seu liricismo, parecem versos inspirados nos títulos dos jornais “Angolense” e “Folha 8” dicas óbvias, a mercê de qualquer aluno do ano zero da faculdade de ciências políticas, sinto falta daquele cota Katro com narrativas novas e exclusivas, com aquela terceira visão dos factos sociais e políticos. Valete, também esteve alguns furos abaixo, um verso totalmente inspirado nas notícias do Jornal Expresso do senhor Pinto Balsemão, Valete, abriu com estrondos uma porta que há muito anda aberta, dicas a mercê de qualquer aprendiz de Rafael Marquez, uma técnica perigosa para um Rapper da cratera e dimensão do Valete, há mais Angola além da Isabel dos Santos.
Cubaliwa, é uma obra de recursos infinitos, de uma nota artística elevada, com uma textura sonora que navega desde o Boom-bap drums até a vibe souful, uma instrumentalização melódica que trás ao de cima os melhores registos da música folclórica moçambicana. Um verdadeiro manifesto da revolução espiritual de que necessitam os países do medo. Os argumentos espumam-se perante factos, Óscar Ribas dizia, a palavra escrita, por muito que queiramos incendê-la, é quase sempre fria, nunca pode manifestar o verdadeiro ardor da nossa alma, falta-lhe a vibração, a intensidade, o tom, fim de citação… Por isto, esta obra-prima merece uma análise técnica muito mais rigorosa, à altura de um aluno distinto de uma faculdade de belas-artes ou de um professor de um conservatório reputado. Eu, por ser um leigo na matéria, termino a minha análise, ajoelhando-me, baixando as orelhas e gritando “F#dass granda álbum cota Edson da Luz, Mad propz mesmo”…
Cubaliwa, é uma obra de recursos infinitos, de uma nota artística elevada, com uma textura sonora que navega desde o Boom-bap drums até a vibe souful, uma instrumentalização melódica que trás ao de cima os melhores registos da música folclórica moçambicana. Um verdadeiro manifesto da revolução espiritual de que necessitam os países do medo. Os argumentos espumam-se perante factos, Óscar Ribas dizia, a palavra escrita, por muito que queiramos incendê-la, é quase sempre fria, nunca pode manifestar o verdadeiro ardor da nossa alma, falta-lhe a vibração, a intensidade, o tom, fim de citação… Por isto, esta obra-prima merece uma análise técnica muito mais rigorosa, à altura de um aluno distinto de uma faculdade de belas-artes ou de um professor de um conservatório reputado. Eu, por ser um leigo na matéria, termino a minha análise, ajoelhando-me, baixando as orelhas e gritando “F#dass granda álbum cota Edson da Luz, Mad propz mesmo”…
Texto Por: Soba L
Fonte: Cenas
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